quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A vida e a morte


A vida é uma tara cafajeste. Todos querem usá-la, abusá-la, lambuzá-la. A vida é uma prostituta de um inferninho pilantra. Ela deixa todos fazerem de tudo com ela. Essa prostituta é tão vadia que chega a ser cheirosa, todos querem respirar vida.

Quando você conversa com uma garota de programa ela vai te dizer que é “cheia de vida”. Então a vida é isso mesmo que digo. Todos gozam dela, e nela. Ela só gera sorrisos, muitos não estão nem aí para ela. Mas mesmo não sendo ninguém, você a usa. Pode ser só para poluir o nosso planeta largando dejetos fecais com o seu “ganha pão”, mas você está na vida. Embora, para mim, isso não seja vida.

Diferentemente da morte. Essa é séria, todos a tratam com cuidado. Muitos tem medo até de comentar, tudo que vem dela é mistério. Não é como a puta arreganhada: vida. Essa não cheira bem, essa fede. E esse cheiro só quem gosta são os urubus. Tem tantos urubus por aí. As funerárias deveriam se vestir igual o Repórter Vesgo antigamente, no programa Descontrole de Marcos Mion, ele era o “corvo”. Vocês são urubus, ganham com a morte. Claro que tem aqueles herdeiros, nunca vem mal uma ganinha extra, né? Mas é o cúmulo da incompetência alguém precisar morrer para você ganhar “um”. Pô, mas as funerárias lucram alto.

Falando em valores, digo uma coisa: a morte é cara, a morte é um luxo. Nada mais justo também. Depois de uma vida cercada de caminhos escuros cheios de espinhos, um colchão bom. Bá, que beleza. Deitar dentro de um caixão. Depois em cima ainda, provavelmente vai ter um “engenho” de mármore. Pô, mármore é coisa fina, meu irmão. Muitas pessoas tiveram que morrer para ter. A vida? É uma prostituta. A morte? Uma moça séria, e virgem.

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